Objetivos de Realização deste Blog
- Realçar a importância da floresta quer para a economia do pais e quer para o ambiente;
- Identificar o tipo de florestas existentes em Portugal;
- Interpretar a distribuição da floresta em Portugal, no que respeita ao clima, relevo, altitude, expressão etc;
- A origem e a evolução das arvores;
- Conhecer as principais zonas de distribuição fitogeográficas;
- Conhecer e e saber caracterizar um determinado coberto vegetal;
- Entender o coberto vegetal enquanto Recurso Vegetal;
- Interpretar a associação vegetal e os outros seres vivos.
Panorama do Coberto Vegetal em Portugal
Tanto para fins de ordenamento de território como de gestão dos recursos naturais torna-se necessário o desenvolvimento de modelos de referencia da vegetação que permitam conhecer o coberto vegetal natural de cada zona do pais.
Em Portugal já a vários séculos sofre a influencia do homem com a destruição da floresta e a sua substituição por culturas ou por espécies arbóreas não autóctones.
A floresta portuguesa é constituída por pinheiro bravo e outras espécies, originarias ou não do nosso território: Azinheira, eucalipto carvalhos e sobreiros.
O pinheiro bravo tornou-se a espécie dominante no território continental português.
Este mesmo reúne as condições ideais para proporcionar o desenvolvimento de grandes incêndios principalmente por se associar a uma vegetação arbusiva de grande combustibilidade. É em zonas com bastante áreas continuas de Pinheiro Bravo que se verifica maiores áreas ardidas
O eucalipto também é uma espécie bastante combustível, por se encontrar geralmente em sítios onde a extrações de matos são frequentes mas não possui uma taxa elevada de destruição.
OS sobreiros e as azinheiras são essenciais constituintes dos sistemas agroflorestais alentejanos, são árvores resistentes ao fogo. A cortiça do sobreiro funciona ate como auto defesa da planta ás altas temperaturas
Fig.1 Floresta em Portugal
Florestas em Portugal: CLIMA
Os gradientes de temperatura, pluviosidade e humidade relativa da atmosfera ao longo do território determinam variações na estrutura e composição florística das florestas.
Existe um gradiente climático no sentido do norte para o sul e por outro do litoral para o inferior.
- Assim, a temperatura media anual aumenta de norte para sul. Fig.2 Temperatura Media Anual
- A precipitação anual diminui de norte para sul e do interior para o litoral
Fig.3 Precipitação Anual |
- A Amplitude térmica anual aumenta do litoral para o interior.
Fig.4 Amplitude Térmica
- Em termos gerais existe no norte de Portugal um mundo atlântico e no sul um mundo mediterrânico, separados por uma zona intermedia.
- NORTE: arvores de folha caduca ( aestisilvae)
- CENTRO: carvalhais marcescentes ( aesti-durisilva)
- SUL: árvores de folha persistente ( durisilvae)
Fig.5 Mundo Atlântico e Mundo Mediterrânico
Variações no Coberto Vegetal
Variações no coberto vegetal devido a condicionamentos microclimáticos: orografia, excesso ou deficiência hídrica, exposição.
Nas zonas montanhosas aparecem florestas com Vidoeiros, mas nas zonas de maior altitude onde á neve geralmente se mantem durante a maior parte do inverno apenas vegetam matos dos tipos zimbrais, urzais e giestais.
Nas zonas de solos com pouca disponibilidade hídrica (areias recentes dominavam, muito provavelmente, os pinhais, com Pinheiro Manso no sul e Pinheiro-Bravo no Centro e Norte, associados a matos de composição variada consoante a região, em sítios com elevada disponibilidade em agua a vegetação adquire formações características.
Assim, nas margens dos rios, ribeiras e lagoas, ou seja, nas zonas de agua doce, aparece:
- A mata ribeirinha é uma formação arbórea com Choupos, Salgueiros, Freixos, Ulmeiros, Salgueiros, Amieiros e Lódãos.
- Fig.6 Amieiros
Fig.7 Canas
Fig.8 Variações do Coberto Vegetal |
Importância das Florestas
A floresta encerra uma grande biodiversidade e garante o necessário equilíbrio ecológico, e de importância fundamental para a manutenção dos valores naturais e para a melhoria da qualidade de vida das populações.
As florestas cobrem cerca de 30% da superfície terrestre. É nas florestas e noutros cobertos vegetais que se realiza a fotossíntese da qual depende a vida: produção de oxigénio a partir do dióxido de carbono.
Elas são depositárias de dois quintos de todo o carbono armazenado nos ecossistemas terrestres, sendo consideradas como “pulmões do mundo” ou “sumidouros de carbono”.
Além da indispensável função fotossintética, as florestas desempenham papéis extremamente relevantes, quer a nível ecológico, quer econômico e mesmo social. Entre inúmeras funções, elas:
- São fonte de bens como madeiras, combustíveis, alimentos e matérias-primas (ex. resina, celulose, cortiça, frutos, bagas);
- Têm funções de proteção do solo contra e erosão, de controlo do ciclo e da qualidade da água;
- Concentram a maior parte da biodiversidade terrestre, nomeadamente, de espécies vegetais e animais;
- Têm um elevado valor paisagístico e recreativo.
Fig. 8 coberto Vegetal de Mondim de Basto |
Para absorver o carbono (CO2) que emitimos para a atmosfera, um dos gases responsáveis pelo Efeito de Estufa, seria necessário plantar uma média de 1000 árvores por pessoa e por ano, e se as novas florestas fossem cortadas e queimadas pelo Homem ou por fogos florestais, o CO2 removido seria emitido para a atmosfera, acelerando o aquecimento global do planeta.
Esta capacidade de retenção e armazenamento do carbono pelas florestas a longo prazo representa um dos pontos importantes no debate no ciclo global do carbono e nos impactos das alterações climáticas de forma que esta previsto no protocolo de Quioto.
Existem estimativas que apontam para uma capacidade das florestas europeias compensarem em 11% o CO2 que é emitido devido à queima de combustíveis fósseis, o que representaria quase o dobro das reduções de emissões a que a União Europeia se propõe ao abrigo do Protocolo de Quioto.
Este plano de absorção tem levado muitos países a desenvolverem ações sob três linhas estratégicas simultâneas:
• Evitar os incêndios florestais, através da limpeza dos terrenos, proibição de fogueiras, mais cuidado com as queimadas com fins agrícolas ou de pastorícia, que nunca devem ser feitas de manhã, campanhas publicitárias que alertam para o risco de incêndio, mais guardas florestais em vigilância pelas florestas, mais e melhores meios de combate aos incêndios;
• Reflorestação, com plantação de novas árvores depois do corte das velhas, tratar as árvores contra seres vivos prejudiciais (doenças e pragas);
• Fazer uma exploração racional das florestas.
• Reflorestação, com plantação de novas árvores depois do corte das velhas, tratar as árvores contra seres vivos prejudiciais (doenças e pragas);
• Fazer uma exploração racional das florestas.
IMPORTANTE:
Recordamos que uma floresta demora dezenas e mesmo centenas de anos a formar-se. Quando destruímos uma floresta, estamos a destruir um ecossistema com uma tal biodiversidade, que importa fazer cada vez mais esforços no sentido de a defender como uma valiosa fonte de riqueza natural.
Acções
Fig.10 Celorico de Basto S, Clemente |
Fig.11 Reflorestação Parque Nacional do Geres |
Florestas em Portugal: Resinosas
Taxáceas: representadas pelo teixo e caracterizadas por apresentarem sementes isoladas;
Pináceas: representadas por diversas espécies de pinheiros e caracterizadas por apresentarem como fruto uma pinha ( estrutura lenhosa com um eixo ao longo do qual podem identificar-se distintamente escamas férteis- que alojam as sementes- e escamas estéreis- de proteção.
Cupressáceas: representadas pelos ciprestes e pelos zimbros caracterizadas por terem como fruto uma gálbula ( estrutura lenhosa sem eixo, com escamas férteis e protetoras soldadas entre si e oriundas de um único ponto central.
Taxodiáceas: representadas principalmente pela criptoméria de pela sequoia e caracterizadas por terem o tronco envolvido numa casca fibrosa e por terem como fruto um estróbilo estrutura lenhosa com um eixo, ao longo do qual se encontram escamas- cada escama fértil soldada á escama protetora correspondente, o que as torna indistintas entre si).
Fig. 12 Taxáceas
Fig.13 Pináceas
Fig.14 Cupressáceas
Fig.15 Taxodiáceas
´Florestas em Portugal: Folhosas
Quercíneas ( carvalhos )
OS carvalhais são formações arbóreas complexas e heterogéneas.
No Norte os carvalhais são dominados por carvalhos de folha caduca:
- Carvalho - Alvarinho na zona mais litoral a baixas altitudes.
- Carvalho negral no interior a latitudes mais elevadas.
- Carvalho - Cerquinho ou Carvalho- Português é uma árvore de folha marcescente que faz a transição entre os carvalhos de folha caduca e os de folha persistente e ocupa grande parte do centro do pais. As folhas mantêm-se secas nos ramos ate ao aparecimento da nova folhagem, pelo que se denominam marcescentes.
- No sul as arvores constituintes dos carvalhais são quase todas de folha persistente:
- Sobreiro ocupa a faixa costeira.
- Azinheira ocupa a faixa interior .
Fig.18 Carvalho Negral |
Caracterização de uma espécie
( Eucalipto)
Eucalipto: Eucalyptus globulus .
Classificação científica
Reino: Planta
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Myrtales
Família: Myrtaceae
Gênero: Eucalyptu
Espécie: E. globulus
Nome binomial
Eucalyptus globulus
Labill.
Eucalyptus globulus conhecido por eucalipto-comum ou eucalipto-da-Tasmânia, é uma espécie florestal de folha perene ou persistente pertencente ao gênero Eucalyptus, de crescimento rápido, capaz de produzir árvores de 30 a 55 m de altura.
Esta espécie é hoje uma das árvores mais amplamente cultivada em florestas de produção principalmente para fabrico de pasta de papel e para uso de aquecimento das nossas casas .
A madeira é esbranquiçada, com pouco cerne (núcleo, é a designação dada à parte do xilema o tronco que já não participa ativamente na condução de água ), muito rica em água quando verde, formada por longas fibras esbranquiçadas, fissurando e contorcendo-se durante a secagem. Ao quebrar produz longas falhas aguçadas, ligadas entre si por fortes fibras relativamente flexíveis.
Os frutos são cápsulas lenhosas com 1.5 a 2.5 cm de diâmetro, reproduzindo a forma do botão da flor. Cada fruto contem numerosas sementes minúsculas, que são libertadas através de 3 a 6 valvas que se abrem no topo do fruto aquando da maduração.
O eucalipto-comum produz um extenso sistema radicular ou sistema de raízes que em solos bem drenados se pode estender por muitas dezenas de metros em torno da árvore, penetrando profundamente no perfil atingindo nalguns casos mais de 10 m de profundidade.
A planta é uma planta vivaz e resistente, preferido os solos ligeiramente ácidos e as zonas frescas e húmidas. Contudo, tolera bem a secura, sendo extremamente eficaz na absorção de água do solo. Não resiste aos frios intensos, aos nevoeiros persistentes e às secas prolongadas.
Os frutos são cápsulas lenhosas com 1.5 a 2.5 cm de diâmetro, reproduzindo a forma do botão da flor. Cada fruto contem numerosas sementes minúsculas, que são libertadas através de 3 a 6 valvas que se abrem no topo do fruto aquando da maduração.
O eucalipto-comum produz um extenso sistema radicular ou sistema de raízes que em solos bem drenados se pode estender por muitas dezenas de metros em torno da árvore, penetrando profundamente no perfil atingindo nalguns casos mais de 10 m de profundidade.
A planta é uma planta vivaz e resistente, preferido os solos ligeiramente ácidos e as zonas frescas e húmidas. Contudo, tolera bem a secura, sendo extremamente eficaz na absorção de água do solo. Não resiste aos frios intensos, aos nevoeiros persistentes e às secas prolongadas.
Uso das folhas do Eucalipto
O Eucalipto é uma arvore cultivada em varias regiões de clima temperado, entre as quais a região mediterrânica da Europa, sendo também a espécie florestal mais cultivada em Portugal, onde fornece a maior parte da matéria-prima utilizada para a produção de pasta de papel.
Para além da sua utilização para produção de pasta de papel, uso em que as suas longas fibras produzem papel de grande qualidade, a sua madeira é também utilizada como elemento estrutural em construções, embora tenda a fender e retorcer com a secagem, e para lenha, produzindo um biocombustível de boa qualidade.
As folhas de eucalipto são utilizadas para a confecção de infusões terapêuticas, especialmente para infeções do sistema respiratório superior.
Os óleos essenciais extraídos das suas folhas, comercializados sob a designação de cineol (cineole ou eucaliptol), são utilizados em confeitaria, produzindo um efeito refrescante e dilatador dos brônquios semelhante ao mentol.
O carvalho-português, carvalho-cerquinho (Quercus faginea) é uma árvore comum em Portugal.
O Quercus Faginea é uma árvore de folha caduca ainda que a sua queda seja tardia sendo, por isso, denominada árvore de folha marcescente com atura dos 15-20 metros . Este carvalho como muitos outros produz uma bolota, que é usada como alimento para esquilos ou gado, mas actualmente considerada impropria para consumo humano apesar de existirem receitas em que ainda seja utilizada.
Nos primeiros dias, as bolotas aparecem como grandes botões fechados mas ao longo do tempo tomam uma cor verde claro; vão secando, depois caem para o solo para germinarem novos carvalhos.
Existem três subspécies de Quercus faginea:
Para além da sua utilização para produção de pasta de papel, uso em que as suas longas fibras produzem papel de grande qualidade, a sua madeira é também utilizada como elemento estrutural em construções, embora tenda a fender e retorcer com a secagem, e para lenha, produzindo um biocombustível de boa qualidade.
As folhas de eucalipto são utilizadas para a confecção de infusões terapêuticas, especialmente para infeções do sistema respiratório superior.
Os óleos essenciais extraídos das suas folhas, comercializados sob a designação de cineol (cineole ou eucaliptol), são utilizados em confeitaria, produzindo um efeito refrescante e dilatador dos brônquios semelhante ao mentol.
Curiosidade A República Popular da China é o maior produtor mundial de cineol.
Caracterização do Carvalho Português
Carvalho-Português ou Carvalho-Cerquinho: Quercus Faginea
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fagales
Família: Fagaceae
Gênero: Quercus
Espécie: E. Faginea
Nome binomial: Quercus Faginea
O carvalho-português, carvalho-cerquinho (Quercus faginea) é uma árvore comum em Portugal.
O Quercus Faginea é uma árvore de folha caduca ainda que a sua queda seja tardia sendo, por isso, denominada árvore de folha marcescente com atura dos 15-20 metros . Este carvalho como muitos outros produz uma bolota, que é usada como alimento para esquilos ou gado, mas actualmente considerada impropria para consumo humano apesar de existirem receitas em que ainda seja utilizada.
Nos primeiros dias, as bolotas aparecem como grandes botões fechados mas ao longo do tempo tomam uma cor verde claro; vão secando, depois caem para o solo para germinarem novos carvalhos.
Fig.25 Bolota do Carvalho-Português |
- O Carvalho-Cerquinho ou Português (Quercus faginea subsp.broteroi ), são árvores que atualmente predominam no Centro Oeste de Portugal, embora a sua existência tenha sido mais vasta, indo até à Serra de Odmira.
- A subsp. alpestris ocorre apenas no Barrocal Algarvio.
- A subsp. faginea ocorre nos sobreirais transmontanos e altibeirenses (exemplo: alguns mortórios no Douro) ou, bem mais raramente, na mesma região, como dominante em bosques secundários sobre rochas básicas, mas não é certo que forme bosques extensos , pois encontra-se normalmente associada ao sobreiro, e estende-se para Espanha.
Ecologia do Carvalho Português
Árvore de meia luz, tem preferência por climas quentes e suaves, apesar de algumas variedades tolerarem os climas continentais com grandes amplitudes térmicas e de humidade. dá-se bem em todos os tipos de solos, incluindo os calcários. podem chegar, em altitude ate aos 1900 metros. Ocorrem muito em povoamentos mistos irregulares com outras espécies do género Quercus, como o Sobreiro e a Azinheira, com os quais podem hibridar-se ( cruzar-se), o que dificulta a sua identificação.
Renova bem pelo cepo ( Parte de tronco cortado obliquamente).
Curiosidade: O nome latino Quercus parece vir do celta “quer” – que significa “belo” – ou “cuez” – que significa “árvore” – visto que, o carvalho é considerado o “rei das árvores”. A maioria das florestas autóctones do continente de Portugal (as que existiam antes da destruição provocada pelas actividades humanas) eram carvalhais. Daí a razão de existirem tantas terras com o nome de Carvalho(a), Carvalhal(ais), Carvalhosa, Carvalhedo(a), Carvalheiro(a), Carvalhinho(a), Carvalhido, e mais especificamente Cercal e Cerqueira que é um conjunto de Carvalhos-Cerquinhos (Quercus faginea subsp. broteroi).
Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma!!!
Fontes de pesquisa:
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Carvalho-portugu%C3%AAs
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Eucalipto
- https://www.google.pt/search?q=florestas+em+portugal&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=r2pRUsv9AsyV7AbBq4CwCQ&ved=0CDkQsAQ&biw=1024&bih=466&dpr=1
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Floresta_portuguesa
- http://www.florestar.net/floresta.html
- https://www.google.pt/search?q=coberto+vegetal+como+recurso+natural&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=WWtRUoqgKvGg7AbG5IHICA&ved=0CEMQsAQ&biw=1024&bih=466&dpr=1
- http://www.empreender.aip.pt/irj/go/km/docs/site-manager/www_empreender_aip_pt/conteudos/pt/centrodocumentacao/Centro%20de%20Documenta%C3%A7%C3%A3o/Sector%20Florestal/FlorestaEmPortugal_Antonio%20Fabiao.pdf
- http://ipt.olhares.com/data/big/45/452730.jpg
- http://ambiente.maiadigital.pt/ambiente/floresta-1/mais-informacao-1/sobre-a-importancia-das-florestas
Visita de estudo a Quinta da Aveleda
Figura 1: casa principal da Quinta da Aveleda.
No dia 30 de Outubro de 2013, a turma Técnico de Gestão de Ambiente realizou uma visita de estudo à Quinta da Aveleda localizada em Penafiel.
Mapa da localização da quinta da Aveleda. |
A saída da escola Básica e Secundária de Celorico de Basto foi às 8h30min, a chegada à quinta foi às 10h15min.
Carvalho na entrada da Quinta |
O meio de transporte que nos solicitado para realizar esta visita de estudo foi o autocarro da Mondinense e o motorista foi o Sr.António Pinto.
Autocarro da Mondinense |
Os participantes nesta visita de estudo foram os alunos do Curso Profissional de Técnico de Gestão do Ambiente.
Técnico de Gestão do ambiente |
Os professores que nos acompanharam foram a professora Carla Nunes, Isabel Nunes e a Rosa Pinto.
A guia que nos mostrou a Quinta da Aveleda chama-se Cristina.
O primeiro local que foi visitado foi a fábrica do engarrafamento dos vinhos, lá o vinho é só engarrafado no ano seguinte.
Fábrica do engarrafamento dos vinhos. |
Nessa fábrica produz-se vinho verde, no qual esse vinho tem o nome de "Aveleda Vinho Verde".
Vinhos verdes da quinta da Aveleda. |
O vinho Casal Garcia é o vinho que se produz mais.
O ano do começo da sua produção foi 1939.
Produz 8 milhões de litros por ano.
Vinho " Casal Garcia" |
Esta empresa exporta vinho para 60 países, Brasil e Estados Unidos são países frequentes.
A maior parte das uvas são compradas. Nesta quinta 120 hectares são vinhas.
120 hectares de vinhas na quinta da Aveleda. |
A quinta de Veade, Celorico de Basto também
vende as suas uvas para a Quinta da Aveleda.
Depois da visita a esta fábrica,
fomos conhecer a Quinta da Aveleda.
No percurso encontramos um eucalipto com mais de 250 anos. Dizem que foi o primeiro de Portugal vindo da Austrália.
Na Torre das Cabras
existem duas fêmeas, 1 macho e uma cabra pequena.
A imagem que existe na
fonte tem o nome de Homem Verde, é o símbolo da Fertelidade.
Quinta da Raza em Celorico de Basto ( Veade) |
No percurso encontramos um eucalipto com mais de 250 anos. Dizem que foi o primeiro de Portugal vindo da Austrália.
Eucalipto com mais 250 anos. |
Na quinta existe um jardim que foi feito em 1850, também existe uma vacaria, lá existem 120 vacas e todo o leite que elas dão é utilizado para o fabrico do queijo que na quinta é fabricado.
Queijos fabricados na Quinta da Aveleda |
O
queijo chama-se Queijo Quinta da Aveleda, é produzido 300 kg de queijo por dia.
A Casa Romântica foi
construída no século XIX, nessa altura era a altura do Romantismo.
Casa do Romantismo |
Torre das Cabras |
Depois de visualizarmos a Torre das Cabras fomos visitar o Lago das 3 ilhas.
A
1º Ilha é a janela da Reboleira, do século XIX é património nacional. Esta
janela fazia parte do palácio do Infante D. Henrique.
Janela Manuelina |
A
2º Ilha é o chafariz.
Chafariz |
A 3º é a casa do chá.
Essa casa era utilizada para convívio onde se tomava o chá.
Casa do chá |
Continuando
com a nossa visita, visitamos a fonte da Nossa Senhora da Vandoma, Padroeira do
Porto.
Fonte da Nossa Senhora da Vandoma |
Os donos da Quinta da
Aveleda não residem nela, utilizam a casa principal da Quinta para passar
férias.
A
casa foi construída no final do século XIX. A capela que existe lá é de 1671, é
a mais antiga da Europa.
Na
adega velha tem a melhor água ardente de Portugal. Essa água ardente é feita de vinho verde tinto que é destilado 2 vezes, é também engarrafada com 10 anos.
Cada centilitro de
água ardente custa 49 euros, nessa mesma adega existe 300 barris, cada barril
tem 650 litros. Depois de visitarmos a
adega da água ardente fomos para uma sala “sala das provas”, onde provamos
vinho e queijos que são produzidos na Quinta da Aveleda.
No
regresso ao autocarro, passamos pela loja que existe na Quinta onde podemos ter
a oportunidade de comprar os queijos e vinhos da quinta.
A
chegada à escola Básica e Secundaria de Celorico de Basto foi por volta do
12h30.
D2- Compostagem
- Conhecer o plano nacional para RSU;
- Compreender a compostagem como parte de uma estratégia integrada de gestão de Resíduos;
- Conhecer o processo de compostagem industrial;
- Interpretar o processo de compostagem doméstica;
- Identificar o subprodutos possíveis de serem utilizados em compostagem;
- Compreender o processo de fermentação aeróbia e anaeróbia;
- Compreender a importância da relação C\N no processo fermentativo;
- Conhecer as diversas aplicações de subprodutos agro-florestais;
- Intervir em processo de compostagem agro-florestal.
Figura 2 : Compostagem Industrial
D2- Compostagem
- A política dos resíduos assenta em objectivos e estratégias que visam garantir a preservação dos recursos naturais e a minimização dos impactos negativos sobre a saúde pública e o ambiente.
- Devido ao aumento do nível de vida e do consumismo,os portugueses passaram a produzir diariamente o dobro dos resíduos de há duas décadas atrás.
- Uma forma de utilizar estes resíduos de uma forma proveitosa é através da compostagem.
- A compostagem pode ser defendia como uma de composição aeróbia controlada de substratos orgânicos.
- O resultado deste processo é um produto, a que se dá o nome de composto, suficientemente estabilizado para ser aplicado no solo como fertilizante.
- Conscientes do potencial que alguns resíduos apresentam para colmatar diversas carências do solo, tem-se vindo a considerar o apoio de determinadas praticas de valorização agrícola de resíduos, tendo sempre atenção a sua real mais valia agronómico, bem como a salvaguarda da qualidade dos solos, da águas subterrâneas e superficiais e a sua saúde humano.
Figura 3: Fertilizante
Âmbito dos conteúdos
- A gestão adequada de resíduos como desafio inadiável para as sociedades moderna;
- A estratégia comunitária de gestão de resíduos e o desenvolvimento sustentável;
- Recolha selectiva e vantagens da compostagem;
- A compostagem doméstica e industrial;
- Tipos de subprodutos passíveis de serem compostados numa exploração agro-florestal;
- A fermentação aeróbia e anaeróbia;
- A Fermentação aeróbia e a razão C\N;
- Estratégias de obtenção de compostos de qualidade com potencial para a valorização agrícola;
- Bibliografia \ Outros recursos.
Figura 4:Compostagem doméstica |
Compostagem- Perguntas/Respostas
- Refira o que entende por compostagem?
A compostagem é um processo natural de decomposição biológica de Resíduos orgânicos que origina um produto chamado composto.
A compostagem é uma forma de eliminar metade dos problemas dos Resíduos Sólidos Urbanos, dando um destino útil aos Resíduos orgânicos, evitando a sua acumulação em aterro.
Figura 5: O que é a Compostagem |
- Indique quais as razões essenciais para compostar?
Figura 6 : Compostor |
- Os materiais Biodegradáveis são classificados de castanhos ou verdes. Faça a distinção entre esses dois tipos de materiais?
Os materiais biodegradaveis são classificados de castanhos ou verdes.
Os castanhos são os resíduos do jardim já secos, como aparas de madeira, relva e folhas castanhas, palha, feno, serradura a plantas mortas . Estes materiais são ricos em carbono, e pobres em azoto.
Os verdes são os restos de comida, vegetais e frutas, folhas verdes, etc.
São muito mais ricos em azoto do que castanhos.
- Refira qual a razão da ultima camada de materiais do compostor ser constituída por materiais castanhos?
A última camada tem de ser sempre de material castanho, para minimizar os maus cheiros durante todo o processo.
- Mencione de forma completa as características do recipiente usado para fazer compostagem-compostor?
As características são: facilidade de colocar virar e remover os materiais; grandes aberturas; deve ser colocado num local de fácil acessibilidade protegido do sol; o recipiente deve ficar protegido do vento;
deve ser colocado numa área que permita a infiltração das águas da chuva.
- Refira os materiais:
- Que podem ser colocados no compostor;
- A evitar colocar no compostor;
- A não colocar no compostor.
- Restos de cozinha; aparas de jardim; outros: papel. cartão, palha, madeira não tratada e cinzas.
- Evitar gorduras, lacticínios, carne, peixe e marisco, cinzas em grande quantidade.
- Não colocar pilhas, vidro, metal, plástico, medicamentos, produtos químicos, testeis e tintas, excrementos de animais domésticos, plantas doentes, madeiras tratadas quimicamente, ramos inteiros ou tábuas inteiras.
Figura 9: O que se deve por no compostor ou não
- Mencione o que entende por composto, referindo as suas características principais?
O composto é o resultado da degradação biológica da matéria orgânica, em presença de oxigénio do ar.
o composto é um fertilizante orgânico que: estimula o desenvolvimento das raízes das plantas aumenta a capacidade de infiltração da agua reduzindo a erosão.
Mantém estáveis a temperatura e os níveis de acidez do solo ( PH), dificulta a germinação de sementes de ervas daninhas, activa a vida do solo e reduz o uso de herbicidas e pesticidas.
Fontes de pesquisa :
Figura 10: Matéria orgânica |
- Caderno diário;
- Dossier de apoio ao projecto "compostagem na escola";
- Caderno de apoio ao Professor.
Módulo 5- Agricultura Sustentável
Questões relativas á avaliação do Módulo
Introdução
Ao longo dos tempos os métodos de produção
alimentar têm-se alterado. Mas será que existe assim tantas diferenças entre os
métodos de produção biológicos e os tradicionais?
Tanto na agricultura biológica como na
convencional existem alimentos que experimentam um aumento na sua qualidade
nutricional e outros uma diminuição.
Tanto na agricultura biológica como na
convencional existem vantagem e desvantagens. Cabe às gerações vindouras
escolher os produtos que assegurem a sustentabilidade das populações
Agricultura: Origina-se do
Latim: Ager – campo, do campo Culture –cultivo, modo de cultivar o campo.
1- Distinga agricultura convencional e
agricultura biológica.
Biológica
Fig.1 Símbolo da Agricultura Biológica |
Os produtos têm de ser fiscalizados por
empresas como a Socert-Portugal.
A agricultura biológica tem menor produção
inicial, só tem adubos naturais, tem menos desperdícios e mais
dispendiosos.
Esta agricultura, evita o esgotamento
dos solos,fomenta a biodiversidade, não contamina os
aquíferos, não desperdiça energia nem recursos e ajuda a
manter o património genético.
Convencional
Baseia-se na aplicação de tecnologias e técnicas que visam a
maximização tanto da produção agrícola como dos lucros;
Fig.2 Agricultura Convencional |
A agricultura convencional tem uma maior produção, nesta agricultura é
ajudo adubos sintéticos, tem mais desperdícios e menos dispendiosos.
Esta agricultura, degrada o ambiental, pode levar à
extinção de espécies, contamina o sistema hídrico, pode alterar o
genoma dos seres e os processos são com elevado desperdício de energia fóssil.
2- Conhecer o "Programa RURIS" no que respeita às medidas agro-ambientais.
Programa RURIS
As competências decorrentes da
responsabilidade de coordenação do RURIS são exercidas através de unidades
orgânicas com capacidade nas áreas de incidência daquele Plano, nomeadamente no
que se refere às componentes técnica, jurídica, de divulgação, de
acompanhamento, de avaliação e gestão.
Na gestão do RURIS intervêm ainda outras
entidades, nomeadamente:
• A Direcção-Geral dos Recursos Florestais
• As Direções Regionais de Agricultura
(DRA’s);
• Organizações de Agricultores (OA’s)
mediante protocolo celebrado, para o feito, com o INGA.
Regulamentação aplicável
A gestão do RURIS rege-se por um conjunto
de legislação, listada em documento anexo, que estabelece as suas regras gerais
de aplicação, bem como regulamenta a aplicação das suas várias Intervenções.
Neste âmbito, foi ainda elaborada diversa documentação técnica de apoio
abrangendo as várias fases do processo de gestão, nomeadamente as circulares de
aplicação publicadas pelos organismos pagadores, listadas no mesmo anexo.
A recolha de leite em 2006 reduziu-se 3%
relativamente a 2005, facto este que parece estar relacionado com a
ultrapassagem da quota leiteira na campanha 2005-2006 e posterior tentativa de
restrição da produção. Em relação às aves e por comparação com 2005,
registou-se uma quebra em quantidade, de 2%, motivada pela quebra de confiança
dos consumidores portugueses, na sequência da crise da gripe aviária, embora
não tenha havido qualquer foco desta doença em Portugal.
O tabaco, o azeite e a beterraba foram as
culturas que mais contribuíram para o decréscimo da produção vegetal, em volume,
relativamente a 2005. A produção de tabaco em 2006 sofreu um decréscimo em
volume de cerca de 40%, relativamente ao ano anterior, devido em grande medida
à reforma da OCM. As condições climatéricas, favoráveis à ocorrência da gafa,
comprometeram, no Outono, a qualidade e quantidade da produção de azeite que
era esperada para a campanha 2006/2007.
Medidas agro-ambientais
São medidas que se destinam a
apoiar o desenvolvimento sustentável das zonas rurais, indo
além dos requisitos impostos pelas Condicionalidades. São assim concedidos
apoios aos agricultores que superem as boas práticas agrícolas e
ambientais, adotando formas de exploração dos terrenos agrícolas que
respeitem a proteção do ambiente, da paisagem rural, dos recursos
naturais, dos solos e da diversidade genética.
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A produção integrada, a Agricultura
Biológica, a gestão
florestal sustentável, a conservação de raças autóctones ameaçadas de
extinção, a conservação da paisagem rural e a conservação da paisagem e
biodiversidade em Rede Natura 2000 são alguns exemplos de Medidas
Agro-ambientais.
Aplicação de Compromissos
Agroambientais
Disseminação de boas
práticas para a biodiversidade na aplicação de compromissos agroambientais
Através do debate e a partilha de experiências entre os diversos intervenientes, pretende-se contribuir para produzir e divulgar conhecimentos sobre boas práticas em medidas agroambientais que fomentam a biodiversidade, assim como obter respostas sobre a adesão aos compromissos agroambientais.
O objetivo geral
desta iniciativa é contribuir para produzir e divulgar conhecimentos sobre
boas práticas em medidas agroambientais que fomentam a biodiversidade.
Atividade: Esta
iniciativa terá três atividades distintas:
1ª fase: Realização de 5 workshops participativos, dirigidos aos agricultores, para disseminação de boas práticas e compreensão de constrangimentos nos compromissos agroambientais; Através dos resultados obtidos nos workshops será elaborada uma brochura de apoio ao agricultor. 2ª fase: Realização de um inquérito piloto para melhorar o conhecimento sobre os mecanismos de decisão dos agricultores na adesão a medidas agroambientais. Com este inquérito será possível obter mais conhecimento sobre quais os fatores condicionantes ou potenciadores da adesão a compromissos agroambientais. Esta atividade é da responsabilidade da LPN. 3ª fase: Realização de um Seminário para divulgação dos resultados obtidos.
4- Os organismos genéticamente
modificados (OGM) e a saúde dos cidadãos e do ambiente.
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CONSERVAÇÃO DA NATUREZA
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